quinta-feira, 23 de julho de 2009

Às vezes, eu só queria me perder pelo caminho...



De que me adianta rabiscar nas paredes meu desespero quando a superfície da mesma se faz volúvel ao meu toque e nem sempre obtenho sucesso no meu modo de comunicação? Tive dificuldade em me expressar e, muitas vezes, era tarde quando me dava conta. Por fim, isso se tornou uma de minhas qualidades, fiz-me observador critico, e quase sempre posso me comunicar, sem dizer uma palavra. Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, na verdade, uma imagem pode ser mil coisas diferentes, basta apenas olhar por outro ponto de vista. E beleza é algo relativo, isso é um fato. Há dias que estou no marasmo de sempre voltar pra casa, quero me perder no metrô, conhecer estações que nunca vi, decorar cada nome, cada lugar, cada placa, e mesmo assim ter a capacidade de esquecer onde estou. Seria tolo ao me importar com o que as pessoas dizem, muito disso é a falta do que fazer, mas quando a manhã lhes canta o desespero, muitas delas acordam ao lado de alguém que, com certeza, amaram naquela noite...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Por assim dizer...




Já passam das 13h e estou atrasado, pouco para o trabalho, muito para a vida. Sempre dependi da opinião alheia, logo, esperei por respostas, muitas das quais nunca tive conhecimento. Deve essa, ser mais uma das minhas estranhas manias. Algumas coisas nunca são explicadas, mesmo sendo pessoal, nem eu posso explicar. Confesso que é a primeira vez que escrevo em um local público, em partes me exponho, mas ninguém parece notar. O que me deixa mais tranqüilo. Isso me lembra que só de alguns anos pra cá comecei a me importar com minha imagem. Tornei-me narciso por assim dizer. Mudei meu cabelo, minhas roupas, minha barba. Preocupo-me mais com os detalhes, coisa que, nos meus quinze anos, eu não fazia. Não me sinto um narciso completo, certas manhas eu acordo e fico apaixonado pelo reflexo no espelho, assim como tem manhas em que acho que o espelho quebrara em vários pedaços. Nesses anos eu cresci, fiquei fisicamente mais encorpado, mentalmente mais adulto, psicologicamente mais preparado e sentimentalmente mais frio. Tudo isso, por assim dizer, claro...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Prometo não desistir tão cedo.




Mesmo no escuro, ainda se é capaz de ver o quanto as nuvens se movem rápido lá no alto. O vento frio entra pela janela e bate no rosto, e mais uma vez não sei como devo me sentir. O crepúsculo falso, formado pela luz laranja da cidade, parece ainda mais profundo ao som dos sinos da Sé. Acho que nunca disse aqui como a cidade tem seus lados mais tocantes. Acho que nunca reparei no lado tocante na cidade. Nessas horas, nem sei como voltar a prestar atenção em Clarice. Por tempos, não gostei das coisas que ela dizia. Pareciam-me tão insanas, nem nexo, sem senso. Mas bastou colocar-me em seu lugar para que eu pudesse ver. Assim como ela, eu escrevo, eu rabisco, eu escondo. Mostro sem expor-me, num contexto hermético, o qual só eu posso entender. Nos olhos alheios, é só mais um texto, na minha consciência, é um segredo revelado. Voltando a Clarice, ela é uma garota difícil, me arrependo de não tê-la conhecido antes, mas, prometo não desistir tão cedo... Algumas das coisas que ela diz, inspiram-me por serem verdades. Ou por consistirem naqueles mesmos pensamentos que os meus consistem.

sábado, 11 de julho de 2009

A razão do meu "não".




O que seria de mim ao permitir-lhe uma vez mais deixar-me esperando? É fato que isso se tornou usual, e na melhor das hipóteses, estou tentando tornar meus caminhos diferentes, assim, no final, não terei a sensação de cometer o mesmo erro. Se lhe desse aquele beijo, lhe daria esperanças, e você, denominaria ser namorado outra vez. Pois é isso que quer, sempre foi o que queria, mas é falho em tudo o que fez ultimamente. Mas não o culpo, tem fases na vida em que só podemos escolher ter sucesso em um lado.