Fiz-me com pequenos pedaços, mas peguei apenas os pedaços perfeitos, pequenos e quadrados. Pedaços multicoloridos, devidamente distribuídos, tudo de acordo com as leis do peso visual.
Só que me dei conta de que usar vários pedaços dava certo ar de desorganização, então troquei por um pedaço único.
Fiquei inflexível, e sem graça.
Quebrei-me e juntei os pedaços novamente, só que dessa vez sobraram alguns.
O que fazer deles?
Não podia jogá-los fora, eram partes de mim.
Guardei-os e toda vez que sinto falta de algo, vou até meu baú e pego uma peça qualquer. Isso não preenche completamente o espaço vazio, mas me conforta, a assim posso viver sem perder o ar...