quarta-feira, 30 de março de 2011

Diario De Bordo - Relato I




Eu amava dormir com o ruído da chuva batendo na janela. Em parte, continuo amando. Como disse e volto a repetir, assim deixando claro, só consegui dormir depois das cinco horas (e acordei no meio da tarde, pra compensar), nem preciso dizer o que estava fazendo do tempo que se seguiu até o memento em que eu, finalmente, caí no sono. Perdi-me em pensamentos e só me afundei, ainda mais, num estado de nostalgia tola. Ontem, depois de escrever tudo aquilo, ainda me restava coisas entaladas na garganta. Pensei em coisas que nunca tinha reparado, como um exemplo: o medo que eu tinha para escrever coisas com as quais algumas pessoas pudessem se identificar. São meus amores platônicos.  Nem meus melhores amigos sabem quando estou falando sério, ou simplesmente lhes dando o ar da minha graça. Que seja, sinto falta de conversar com alguém, então fico digitando e digitando, pra poder guardar e, quem sabe um dia, vir a compartilhar com vocês. Ainda pretendo compartilhar coisas mais obscuras do que eu já vivenciei.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Se Estivesse Aqui


O tempo não passaria tão devagar se você estivesse aqui. E as folhas secas, dos galhos retorcidos, não cairiam tão depressa se você já estivesse aqui. Eu não me preocuparia tanto com as nuvens cinzas , nem com a chuva que está prestes a cair.

[...]

Seria tarde demais para esperar mais um pouco?

Casais correriam, tentando se proteger das gotas que caem tão lentamente. Eu continuaria aqui, à sua espera. Pode parecer estranho, mas seria perfeito se estivesse aqui...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre As Palavras Que Nunca Disse




Agora me penitencio pelo meu silêncio. As palavras morreram nos meus lábios, e tenho toda a razão para censurar-me. Aquelas palavras pareciam-me enigmáticas... e bastante significativas. Quem sabe se meu silêncio não era proposital? O amor começa onde a viagem termina. Minhas últimas palavras tinham toda a força de uma pergunta categórica. Guardo em mim as palavras que nunca disse. Elas prendem-se em minha garganta, me sufocam. E acabo por falecer pouco a pouco...