quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Seja como uma página em branco...


Quando o mundo lhe for demasiado tedioso, é porque está na hora de alterar-se. Acredite. Acolha novas visões, aperfeiçoe velhos ideais, amplie seu alcance. Faça novas rotas, conheça novos lugares. Não peça sempre o mesmo prato naquele mesmo restaurante. Aceite. A rotina demonstra a sua insegurança ante a idéia de tentar algo novo. Mude. Arrisque. Palpite. Calcule. Pense. Prepare uma receita nova, a qual NUNCA viu antes. Reavalie seus pré-conceitos, muitos deles podem não ter nenhum fundamento. Olhe no passado para não cometer os mesmos erros no presente, muito menos no futuro. Tome cuidado! Esteja preparado. Para surpresas, desafios, decepções, reencontros. Olhe! Tem coisas pela qual passa e que nunca mudaram sua vida. Talvez não mudem hoje. Nem amanhã. Mas aquele velho sentado, lendo jornal, pode ser você daqui a anos. Viva...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nota sobre algo que você não deve saber


Estranhamente tenho certa idolatria pelo mundo. Não. Não como um todo. Existem coisas tão singelas, e ao mesmo tempo tão implexas que, vira e mexe me pego apreciando-as com assombrosa perplexidade. Não tenho olhos triviais, isso já me foi evidenciado. Ou os tenho, mas minha percepção é distante das alheias. São poucos os que param para admirar o chacoalhar de uma planta em contragolpe ao bafo do vento; o viajar das águas pluviais em direção ao esgoto, carregando consigo detritos que, mais tarde, irão originar dilúvios; os tijolos rubros de um muro antigo e carcomido pela finalidade do tempo; o transito caótico de pessoas no centro de uma metrópole; ou a extraordinário isolamento de um amanhecer frígido e fascinante, onde o sol expõe a candura por trás da ignorância. Por vezes quis que todos tivessem essa mesma visão que tenho, e uma maneira que encontrei para fazer isso, foi fotografar...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Até que a chuva apague-as...




Quando criança, eu sempre quis poder voar. Quem nunca sonhou com isso? Na maioria dos meus sonhos eu não voei, simplesmente despenquei num vazio infinito e acordei assustado ao cair da cama. Há muito tempo eu não penso nisso, é até meio vago, mas enquanto as rugas não cobrem meu rosto e a chuva não lava o que, com carvão, eu desenho na parede, eu sei que ainda existe uma criança dentro de mim. E ela chora desesperadamente, pela mãe ou por alguém que a carregue no colo e não a deixe lá novamente. Talvez eu esteja aqui na próxima vez que ela despencar, por que, no fundo eu ainda me tenho. Até chego a ser um pouco narcisista. E, pensando bem... isso não é uma má idéia. Existe alguma explicação lógica para o que acontece quando eu olho no espelho e sempre vejo alguém diferente. As vezes mais velho, as vezes seguro do que quer, por outras mais feliz, mais pensativo, mais inocente, mais bobo, mais carente e ate mesmo mais indiferente...