Quando criança, eu sempre quis poder voar. Quem nunca sonhou com isso? Na maioria dos meus sonhos eu não voei, simplesmente despenquei num vazio infinito e acordei assustado ao cair da cama. Há muito tempo eu não penso nisso, é até meio vago, mas enquanto as rugas não cobrem meu rosto e a chuva não lava o que, com carvão, eu desenho na parede, eu sei que ainda existe uma criança dentro de mim. E ela chora desesperadamente, pela mãe ou por alguém que a carregue no colo e não a deixe lá novamente. Talvez eu esteja aqui na próxima vez que ela despencar, por que, no fundo eu ainda me tenho. Até chego a ser um pouco narcisista. E, pensando bem... isso não é uma má idéia. Existe alguma explicação lógica para o que acontece quando eu olho no espelho e sempre vejo alguém diferente. As vezes mais velho, as vezes seguro do que quer, por outras mais feliz, mais pensativo, mais inocente, mais bobo, mais carente e ate mesmo mais indiferente...
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Até que a chuva apague-as...
Quando criança, eu sempre quis poder voar. Quem nunca sonhou com isso? Na maioria dos meus sonhos eu não voei, simplesmente despenquei num vazio infinito e acordei assustado ao cair da cama. Há muito tempo eu não penso nisso, é até meio vago, mas enquanto as rugas não cobrem meu rosto e a chuva não lava o que, com carvão, eu desenho na parede, eu sei que ainda existe uma criança dentro de mim. E ela chora desesperadamente, pela mãe ou por alguém que a carregue no colo e não a deixe lá novamente. Talvez eu esteja aqui na próxima vez que ela despencar, por que, no fundo eu ainda me tenho. Até chego a ser um pouco narcisista. E, pensando bem... isso não é uma má idéia. Existe alguma explicação lógica para o que acontece quando eu olho no espelho e sempre vejo alguém diferente. As vezes mais velho, as vezes seguro do que quer, por outras mais feliz, mais pensativo, mais inocente, mais bobo, mais carente e ate mesmo mais indiferente...
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