quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quanto lhe vale um instante?


Por vezes quis que meus olhos tirassem fotos. Tantas são as coisas herméticas que me prendem a atenção, num contexto inexplicável, porem tão belo. Certas coisas foram feitas para não serem entendidas. Se soubesse que todo o meu esforço para entender a figura homogênea fosse em vão, talvez não perdesse tanto tempo. Mas todo estudo não é em vão, toda informação adquirida é um ponto preparatório para um futuro, não muito distante de um presente glorioso. Quando se é espectador desse circo (sim, “circo”, pois mais parece um teatrinho onde pensamos sermos donos do nosso próprio destino) o que resta a fazer é sentar e assistir. Eu estando aqui fica mais fácil, observar, estudar, esperar...

sábado, 25 de abril de 2009

Falta do que fazer!



Há dias não sei sobre o que dizer. Esforço-me para não escrever apenas sobre o lado monótono da minha vida, mas fazer o que, as coisas parecem ser mais belas ao toque do preto e branco. Vivi os últimos dias nas sobras do que, pensava eu, me fazia feliz. Passei a ultima semana pensando nas coisas que, preferia eu, não ter conhecimento. Coisas que, sinceramente, preferia não ouvir. Preciso de algo extravagante, clichê, porem romântico. Insano, mas totalmente dentro dos padrões aceitos pela sociedade. Talvez precise ser amado, mas amor saudável, sem aquele ciúme intenso, sem aquela possessão. Quero poder dizer “pode, pode confiar em mim”, sem ver meu passo rastreado, sem ver meu tempo cronometrado. Preciso sentir algo novo, preciso sair, conhecer alguém legal que, no decorrer do tempo, mostrará não ser o que eu realmente esperava. Quanto a essas decepções... porque céu está tão azul?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

É bom saber que tudo está bem:



Acho. Ainda sinto-me responsável pelas vidas que me cercam, sinto como se tudo estivesse invisivelmente ligado a mim, e eu, tenho que manter tudo em seu devido lugar. Este excesso de carinho faz-me sentir como carregar mundo nas costas, assim, enquanto protejo a quem amo, fico vulnerável a quem mal me quer.

Quem é por mim?

Demora certo tempo, mas a ficha sempre cai. Preocupei-me demasiadamente com o que sempre me foi alheio, e esqueci-me de viver o que era, por lei natural, meu. Tantos planos jogados numa pasta esquecida, tantos amores e amigos em que não investi, tanto tempo que perdi e não sei com o que. Esbocei tantas coisas que, por fim, seriam grandes obras, mas minha autoconfiança, se é que a tive, nunca subiu aos céus. Fiz poucas coisas por mim, uma delas ainda faz-me ser grato. E por gratidão, firmo aqui um novo começo, um novo ideal, e talvez uma nova vida, pois esta escorreu por entre meus dedos e tem coisas que não voltam, mas ainda posso sentir o gosto dos dias que se foram...