Acho. Ainda sinto-me responsável pelas vidas que me cercam, sinto como se tudo estivesse invisivelmente ligado a mim, e eu, tenho que manter tudo em seu devido lugar. Este excesso de carinho faz-me sentir como carregar mundo nas costas, assim, enquanto protejo a quem amo, fico vulnerável a quem mal me quer.
Quem é por mim?
Demora certo tempo, mas a ficha sempre cai. Preocupei-me demasiadamente com o que sempre me foi alheio, e esqueci-me de viver o que era, por lei natural, meu. Tantos planos jogados numa pasta esquecida, tantos amores e amigos em que não investi, tanto tempo que perdi e não sei com o que. Esbocei tantas coisas que, por fim, seriam grandes obras, mas minha autoconfiança, se é que a tive, nunca subiu aos céus. Fiz poucas coisas por mim, uma delas ainda faz-me ser grato. E por gratidão, firmo aqui um novo começo, um novo ideal, e talvez uma nova vida, pois esta escorreu por entre meus dedos e tem coisas que não voltam, mas ainda posso sentir o gosto dos dias que se foram...
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