domingo, 23 de maio de 2010

Desespero

Quando nos deparamos com algo inesperado é quando sentimos o desespero. Por falta de atenção ou simplesmente por falta de algo que desconhecemos. O que tento dizer é que, estando aqui, contigo, é onde eu queria estar. Há muito, embora me falte coragem para assumir isso. Fato é que não me vê da forma que te vejo. Por vezes não me enxergou...

sábado, 8 de maio de 2010

Não nesta vez


Não desejo, em momento algum, ser dono da verdade. Apenas quero conhecer os fatos. Através disso é que saberei como me comportar a mesa de jantar. Meus modos, de onde vieram? Fui educado para servir, fato. Sirvo com carinho, com devoção. Assusta, espanta. Outro dia, entre os rostos cansados que ocupavam espaço no ultimo vagão do trem que percorria a linha azul, vi um rosto conhecido. Em partes, já que o tempo nos envelhece um pouco mais a cada dia. Voltando, ele sorria, mas não para mim, infelizmente. No momento que o reconheci quis correr, mas minhas pernas não respondiam, apenas desabavam com o peso do corpo, meus braços mal seguravam a barra acima de minha cabeça. Não pude fugir dali sem dar um parecer. Sentiria certa infantilidade da minha parte se nem ao menos sorrisse por sua presença. Foi o que fiz e fronte a ele pendi a cabeça para o lado, como que dissesse “você por aqui? Que surpresa...”, e então os lábios dele se moveram cantando algo inaudível, mas que dizia “tudo bem?“, maquinalmente respondi que sim, menti, pois sabia que estava trincando aos poucos. Desci do vagão e comecei a caminhar, sem olhar para trás. Como de costume fiquei a perguntar sobre “destino”, mais e mais perguntas retóricas surgiram-me compulsivamente.